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quarta-feira, 7 de maio de 2008

A descoberta da Economia Solidária

Depois de um primeiro dia de trabalho TRAGICO na Folha de Pernambuco, da revolta tecnológica, da enrolação com tantos concursos, da falta de sentido em porcentagens, kilowats e afins, o segundo dia não é considerado uma maravilha, mas a vontade de morrer, posso dizer que foi embora.


Ontem quando cheguei à redação recebi uma pautinha sobre a FECOMSOL, uma feira de comércio solidário que está acontecendo no Paço Alfândega. Até então, o que eu sabia sobre o assunto era muito limitado, mas a editora queria de mim uma matéria mais abrangente sobre economia solidária, o que gerou uma pesquisa da minha parte.



Na feira, produtos artesanais e manufaturados confeccionados por grupos considerados vuneráveis à flutuação do mercado. Resumindo, gente fudida, excluída da sociedade, que produz coisas lindas, mas não tem o mínimo incentivo nem comercial, nem de crédito para conseguir gerar renda daquele babado.



Conclusão. Eis que fui lá eu fazer a matéria e acabei me encantando sobre o assunto. E tinha como não acontecer? Grupos ligados a iniciciação profissional de jovens em situação de risco, trabalhos pedagógicos com crianças carentes, mulheres provedoras da renda do lar.




Mas o que mais me encantou – não pelo que é produzido em si – mas pelo objetivo do trabalho, foi a ong DIGNIDART. Um projeto que incentiva a produção de manufaturados por mulheres do regime semi-aberto da colônia penal do Bom Pastor. Conversando com dona Ana, ela foi me dizendo que a maioria das mulheres do projeto estão em processo de ressocialização. Eis que fiquei eu penando: Tu fez uma cagada, caiu pra cadeia, mas tu tens filho, marido, mãe, tudo continua lá fora. Essa é a forma encontrada pra que a mulher se sinta novamente um ser humano, recuperar a dignidade e o melhor, gerar renda para ajudar a família que esta lá fora passando por dificuldades.



Pra melhorar, na pesquisa, acabei descobrindo que a economia solidária é inspirada em cooperativas revolucionárias defendidas pelos marxistas utópicos.



Conhecendo – bem pouquinho ainda – o chamado ‘Comercio Justo, percebi que há diversas formas de driblar as mazelas da sociedade. Claro que é necessário incentivo e apoio de organizações sérias. Mas, por exemplo, iniciativas como estas podem mexer no imaginário de pessoas como eu, que fui para lá por acaso trabalhar e vi tanta coisa incrível que aguçou o meu consumismo de mulher loira capitalista. Se não fosse tão lisa eu tinha levado o prensente de aniversário e dia das mães de Dona Zeza, comprado 6 sandálias para mim e vários presentes pra o filho e o maridão.



Levando em consideração que a feira é no Shopping Paço Alfândega – considerado de classe A – só posso crer que diversas dondocas freqüentadoras do local também vão ter esse sentimento, vão liberar o cartão de crédito geral e, no lugar de enriquecer a Channel, que já ta com a rabichola transbordando de real, vão mesmo sem querer colaborar para a volta da auto-estima de crianças, jovens, homens e mulheres.

A matéria completa veja na edição deste DOMINGO (11) da Folha de Pernambuco.


HOJE : O gás Subiu 11%. Veja em www.folhape.com.br

3 comentários:

Anônimo disse...

Delícia seu blog menina! Parabéns! Bom saber desse lado da snotícias pernambucanas. Abraço. Aninha Santos/PB

Amanda Sena disse...

Galegaaaaaaaa... amei o blog!
"Cabeçudo" feito tu!! rsrsrsrrsrsr
Já tá nos favoritos!!!
Bjs gata

Unknown disse...

muuuito legal o blog, engraçado.
queria umas sandálias dessas também. uauhauha
Beijo flor ;*