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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Palavras e piruetas


Amarela e sem fraquejo, em dias de chuva doem os joelhos. Já não sei se feliz ou triste. Sei somente que sigo forte, apesar de – por vezes – confusa e sensível. Ajudo a erguer vozes, a levantar cabeças. Sustento a mão e sapateio de tamanco no abdome do planeta, enquanto me delicio com sabores de café amargo, destes que me mantém com os olhos abertos na rotina.

Então eu vou. Dou mais um passo, e outro. E a cada um deles, uma cambalhota. E a cada uma delas, uma pirueta. E a cada novo movimento, dou de cara com um novo sorriso. E sorrisos são meu fraco, me desestruturam o coração.  E basta um deles , destes bem cheios de verdades, pra me aquecer involuntariamente esse músculo que nada mais sabe fazer além de amar.

 E enquanto cai o mundo em água lá fora, sacrifico o sono perdida por entre palavras obesas e letras magras. Redijo meus próprios sonhos, recito o amor, disserto com os dedos todo esse querer bem e vontades do planeta. E assim seja eu, que todo santo dia vou matando a fome da vida tão bonita com a arte de conjugar verbos e formar períodos. 

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Reaninho

Tô indo aos poucos.
Refazendo minha vida,
recontando minha história.
Reconstruindo o caminho, 
realinhando a espinha.

Vou devagar.
Reeducando o coração, 
reaninhando a razão,
Restabelecendo laços, 
reatando nós.

Vou passo a passo.
Sublimando dores, 
cultivando amores;
redesenhando,cada

uma delas, todas as flores.