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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Umbilical

Despedaçada.

Corpo mole, que sangra. Frio, ranço, beleza derretida. São quilômetros infinitos daquele perfume de lavanda que descabelam a alma de abstinência. O cheiro que vicia. O sorriso de trela que rasga de ponta a ponta a carne viva pulsante por uma medida de dentes à mostra.

A voz aveludada e doce que canta de madrugada, louca, e sonha por um toque.
Ligações umbilicais.

Pouco de estar vivo não é efêmero.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Atemporal

Quando tempo se deve dar ao coração?

Sussurro, suspiro, exalto. Penso, dispenso, repenso. Angustio, ligo o ‘foda-se’. Passo à frente. Passo atrás. Ora, ora. Alguém me diga, por favor! Quanto tempo deve se dar ao coração?

Atemporal. Músculo atemporal. E nem me venha com este negócio de que amor é algo que vem do cérebro. E nem me venha com esse negócio de tempo, quando o problema, na verdade, é a satisfação ao planeta.

Eu bem que gostaria. Bem que pedi. Bem que tentei.

Mas, atemporal, meu coração não quer saber de convenções. De padrões. De churumelas. De mi-mi-mí e padronagem que nem me deixam escrever tão direta o tamanho da felicidade que me trouxe a atemporalidade do meu coração.

E eu sigo amando. Surpresa, cativa. Ganhando cafunés e sorrisos da novidade boa e inesperada que me trouxe a vida.

Fraqueza

Bateu na fraqueza.
A sensação era de um ‘pós-rabada’ com cerveja.




Destas que você quer mesmo uma rede e um ventinho no rosto, um cochilo e um cafuné.

domingo, 25 de julho de 2010

A SAGA DE UMA QUARTA-FEIRA SURREAL...

Por Isadora Dias (www.twitter.com/paz_profunda)


Quarta-feira
chamada ao fone
sim
não...
não não.. sim!
sim...!

Chuva..
É chuva....
Chuvaaaa....!!!!

Sim, ganja, gatinhos, sim...
Não, e aí? Aí?
Aqui?
Ah, aqui....
Aqui! Chegou.

Ui! Sem dinheiro. Banco!
Onde?
Aaaiiiii......
Moço... onde?
Lá... Lááá em Boa Viagem!

Ã?
Vá encher o cu de palito!

Ok, Bultrins, 0h.
O transito parado.
PA-RA-DO
Engarrafamento na madruga de Olinda.

No paliozinho...
Rodrigo y Gabriela
E fotos!
(a alegria vem de dentro...)

Então... mágica!
Tudo livre
Posto, banco livre!
Bexiga, agora livre também...

Baiana, xinxim
Coco de umbigada...
Forró rabecado

Era um jardim...
Dança do acasalamento?
Como assim????

E, por fim,
a libriana comtempla
E elogia
O foco de quem é eternamente
Virgem