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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Divagando

Sabe, tem vezes que a gente acredita. Mas acredita muito, bota fé que, desta vez, é a última. E a certa.
Sabe que em momentos felizes a tendência é fechar os olhos para o que tire essa felicidade.
Sintonia?
Nem sempre.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Carne Crua

Quando tua voz turva cruza minha alma
Que meus ouvidos adormecem, de dormentes
E nenhum outro som, a não ser o ofegante
desperta meus sentidos

E se depara com a boca doce de ameixa
Que esfrega a minha, quase deixando as marcas da tua barba
E eu adoro
me abro
me arreganho



Sorrio, Bulindo
Amassando meus, teus poros
Como fosse tão pouca pele
Sem divisão, sem limitação

E suspiro com teu gosto de erva
Que, a mim, causa delírios e sonhos
Que, a nós, causa odor
Odor de gozo
subindo à goela

Crua, como carne de açougue
Abatida,Devorada
E de olhos abertos, vendo tudo
até tua irís sumir entre as pálpebras

Gosto disso
A linha tênue
Amor puro
E perdição plena

Comer você te amando
Amar você te comendo
Viciada
Dia,Noite

E esperar o relógio
E me deleitar outra vez