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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Linha, agulha e asas


Nas veias, uma espécie de veneno
Tenho sede de rasgar a alma
Montar e dilacerar sonhos
Só pra sentir tudo de uma vez
E reconstruir costuras depois

Não gosto de vogais, nem de artigos
Não aceito cautelas, medições e cagaços
Detesto voz mansa, mão frouxa e reticências
Não tenho medo do escuro, nem do oculto
Também não me amedronta o declarado

Simplesmente não tenho medo
Debruço meu corpo no precipício
Olho e sinto, céu, chão e horizonte
E certa que caída ou arremessada
Tudo que surge em mim são asas.

4 comentários:

Serejo disse...

Eu achei muito foda!!
Beijos.

Florence disse...

senti teu blog todo, achei por acaso. Parabéns pelas palavras. beijos

Helena Castelo Branco disse...

Linda poesia, Manu.
Não conhecia sua veia poética. Parabens.
Beijos

Thadeu Borba disse...

Voe!