As vezes eu queria ser mais confusa. Até tento, mas por raro, consigo. Sofro uns
instantes, me estabilizo e passo à frente. Sinto o sentimento, ardo, tremulo;
então expulso, grito, exorcizo, racionalizo e volto ao eixo. Por isso que, vez por outra, era
mesmo melhor ser mais confusa.
Justificaria os erros na minha loucura, adormecia as dores
com pílulas, fraquejaria e dormiria por dias e dias. Sancionava perdão aos equívocos e
decretaria estado luto interior - e exterior também, porque não? Fora do eixo denominar-me-ia. E seguiria, ou não.
Agarrada nas pedras de fundos poços, e sem procurar pelas cordas de volta, atestando a tão sonhada loucura, aquela
insanidade autorizada que tanto gostaria de possuir.
Um comentário:
"Sancionava perdão aos equívocos e decretaria estado luto interior..."
Bandeira à meio pau. Ou seriam pálpebras a meio olho?
Mto bom.
Postar um comentário