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terça-feira, 11 de outubro de 2011

O diabo do ser humano

Ah, mas que insuportável e deliciosa essa confusa condição humana. Perdida na tortuosa paradoxal tentativa de racionalizar a busca da perfeição, mas também permitir-se ser errônea nem que fosse somente dez centavos, a mística do que danado fazer diante daquela maldita situação transtorna o cérebro - sacolejando os malditos pensamentos que teimosamente não param quietos num canto- , e, por outro lado, dão um bando de tabefes na cara do coração (coração?seria mesmo?), que é teimoso e arredio, parece uma mula, e só aceita mesmo fazer as coisas do jeito dele.

E então, variando – de variação mesmo – você entra no jogo, se envolve no joguete, berra, grita, solta fogos, vê estrelas. Varia, de avariação. Aprecia a lua, ou até mesmo acha uma boa merda. E trepa, enlouquece. Ama. Depois racionaliza, esquece. E na máxima de ser humano, o tal do ser humano, ah, esse tá fadado mesmo é a ser de carne e osso (e sangue). Sente embrulho no estômago, nó nas tripas, engasgo no pescoço. E vai traçando caminho, andando no mundo conhecendo as coisas, por vezes de olhos abertos e outras não. Sobrevivendo na guerra, aparando essa arenga sem fim entre o subjetivo, a verdade e o esforço.

E olhe, meu senhor, eu vou lhe dizer um negócio. Não tem nesse mundo nietzsche, e cá entre nós, nem mesmo Regina Navarro, e quem dirá o cabra mais macho – ou a cabrita mais braba – que dê conta de ignorar aquela coisinha boa de benza mãe que dá no diabo do ser humano, todo errado que é, quando o que se quer mesmo é simplesmente ficar do lado de alguém.

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