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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Umbilical

Despedaçada.

Corpo mole, que sangra. Frio, ranço, beleza derretida. São quilômetros infinitos daquele perfume de lavanda que descabelam a alma de abstinência. O cheiro que vicia. O sorriso de trela que rasga de ponta a ponta a carne viva pulsante por uma medida de dentes à mostra.

A voz aveludada e doce que canta de madrugada, louca, e sonha por um toque.
Ligações umbilicais.

Pouco de estar vivo não é efêmero.

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