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quinta-feira, 4 de junho de 2009

Separadas pela ignorância

Aquecimento Global, camada de ozônio, fenômenos meteorológicos, tsunamis, enchentes, dilúvios, ataques de tubarões. Comumente, estas palavras geram medo nas pessoas. Parece que, de repente, a natureza se voltou contra a humanidade em uma espécie de rebelião violenta.

Mas paremos para refletir. Ainda no primário, em qualquer que seja a escola, a professora de ciências explica um dos preceitos básicos da vida: a fotossíntese. É ela quem inicia a maior parte das cadeias alimentares na Terra. Basicamente, os seres humanos respiram justamente o oxigênio transmitido pelo conjunto do meio ambiente que, por sua vez, se alimenta, também, de um composto do gás carbônico que dispensamos. Considerando que este é um ensinamento primário, qualquer criança de seis anos chega a conclusão da dependência da espécie humana das demais. Assim como há também dependência das outras espécias da humana.

Mas engraçado. Contrariando a lógica, o que parece uma ignorância óbvia tem sido atitude predominante na humanidade. Não somente das iniciativas individuais, como jogar como lixo na rua ou desperdicar recursos naturais. Os valores da ganância e poder com foco no capital e no lucro tem cegado justamente aqueles que tomam as decisões fundamentais. Hoje, para se construir um Resort cinco estrelas, por exemplo, em qualquer que seja o local escolhido – que, de fato, pode gerar emprego, renda e, portanto, desenvolvimento– passa-se com tratores em cima de manguezais, mata atlântica e até espécies em extinção. Um manguezal, por exemplo, é estuário; local onde toda vida marinha busca seu alimento. Sem alimento, o ecosistema esta desequilibrado, com fome. E, obviamente, vai procurar alimento em outro lugar. Ora, mas que controvérsia. Se o turista procura o destino justamente para desfrutar das belezas naturais e contemplar sua sinestria absoluta, sendo assim, o que ele verá?

E há um perigo ainda maior nisso tudo. Todo o conjunto do meio ambiente, sejam manguezais, rios, mares, atmosfera, peixes, tubarões, baleias, micos-leões-dourados ou araras vêm sendo agredidos há anos. Mas, por ironia do criador – ou do tal big ban – cada elemento que se prejudica, algo ruim volta para você. É tão fácil. Se você não tem pena da plantinha pela plantinha, do marzinho pelo marzinho, não gosta de areia, de ver a lua, de apreciar os macaquinhos e não está nem um pouco interessado em salvar as tartarugas marinhas, então, pelo menos, salve a si mesmo. Justamente porque aquele medo dos fenômenos naturais; aquele que citamos no início do texto, parece estar mesmo fundamentado. A natureza se vinga. E é bem mais inteligente não medir forças com ela.

2 comentários:

b arrais disse...

Adorei esse post, Manu. Falei disso essa semana, mais brevemente, e divulguei uns textos a que tive acesso falando exatamente sobre essas coisas. Tu viu o video do Greenpeace que coloquei lá no meu blog? Se não viu ainda vá dar uma olhada urgente... é aterrorizante. Eu fiquei com uma sensação de isolamento, descrença na raça humana, depressão... foi foda! A natureza tá revidando o tempo todo. Vemos os sinais do desequilíbrio diariamente. Se continuarmos de olhos fechados para isso não duraremos muito e depois o planeta vai se recuperar muito bem obrigado sem nós!

Anônimo disse...

Rrsrsss...
Pois é,estamos brincando de nos fuder,e pior,este processo é mais rapido que muita gente pensa.

André