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sábado, 1 de novembro de 2008

DIÁRIO DE VIAGEM - ECOMOTION.


COM EXCLUSIVIDADE PARA A FOLHA DE PERNAMBUCO


Manuella Bezerra de Melo



Impreterivelmente, ontem, sexta-feira (31), o diário de bordo do Ecomotion - Campeonato Mundial de Corrida de Aventura - não foi publicado. O motivo? Uma vaca. Isso mesmo. Uma vaca que passeava no meio da estrada que leva Fortaleza a Jericoacoara, no Ceará, atravessou, literalmente, nosso caminho. Foi assim: Na quinta-feira (30), sai do Recife bem feliz em busca das aventuras do evento. Tudo parecia tranqüilo. O vôo saiu no horário, todos foram encontrados a tempo e o comboio com um micro ônibus e três vans cheinhos de jornalistas de todo Brasil saiu em direção a Jeri. Antes de escolher meu transporte lembrei dos conselhos da minha mãe quando ia para as excursões do colegial: "Veja qual deles é o mais seguro e viaje no meio". Foi o que fiz. Escolhi o micro-ônibus. Justamente o que as 18h30, foi atropelado pela vaca no meio da estrada.

A vaca faleceu, tadinha, mas nós, depois de percebermos que estávamos todos inteiros, tivemos que em formas de sair dali. A frente do veículo estava destruída, o óleo vazava, o automóvel não dava partida, o restante do comboio seguiu em frente sem perceber o ocorrido e, para completar, nenhuma - eu disse, nenhuma - operadora de celular funcionava na região. Conclusão: Todos desesperados aguardando a passagem de alguma alma viva para tentar alguma comunicação com a civilização. Quase 20 minutos depois, por sorte, passou uma Pick Up com uma equipe de competidores portugueses, que fizeram a gentileza de, ao chegar à cidadezinha mais próxima, telefonar para a organização do evento, que quase duas horas depois conseguiu nos resgatar. A esta altura, meu diário já tinha ido para o brejo.

Passado o susto, era só encarar mais 2h30 de viagem até Jijoca, embarcar em uma jardineira - espécie de pau-de-arara litorâneo - e enfrentar mais 1h de um quase-rali por entre as dunas e matos do Ceará. Mas tudo virou passado depois da chegada a Jericoacora. Mesmo a noite, já dava para sentir a energia do lugar. A lua linda, uma cidadezinha de areia toda charmosa no meio do nada. Relato constatado pela na manha da sexta-feira (31), quando o sol assinou embaixo de tudo que eu já tinha enxergado. Mas trabalho é trabalho, e ontem foi dia de checagem de equipamento, almoço de confraternização dos atletas, cerimônia de abertura e apenas uma fugidinha para um mergulho naquele mar azul só para tirar a zica. Ufa. Hoje pela manha seguimos para Parnaíba, no Piauí, aonde a organização revela aonde será a largada da corrida, que só acontece neste domingo. Até lá, então.

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