Amarela e sem fraquejo, em dias de chuva doem os joelhos. Já
não sei se feliz ou triste. Sei somente que sigo forte, apesar de – por vezes –
confusa e sensível. Ajudo a erguer vozes, a levantar cabeças. Sustento a mão e
sapateio de tamanco no abdome do planeta, enquanto me delicio com sabores de
café amargo, destes que me mantém com os olhos abertos na rotina.
Então eu vou. Dou mais um passo, e outro. E a cada um deles,
uma cambalhota. E a cada uma delas, uma pirueta. E a cada novo movimento, dou
de cara com um novo sorriso. E sorrisos são meu fraco, me desestruturam o
coração. E basta um deles , destes bem
cheios de verdades, pra me aquecer involuntariamente esse músculo que nada mais
sabe fazer além de amar.
E enquanto cai o
mundo em água lá fora, sacrifico o sono perdida por entre palavras obesas e
letras magras. Redijo meus próprios sonhos, recito o amor, disserto com os
dedos todo esse querer bem e vontades do planeta. E assim seja eu, que todo
santo dia vou matando a fome da vida tão bonita com a arte de conjugar verbos e
formar períodos.
3 comentários:
Um viva às palavras e sentenças que construímos.
Lindo!!!! Amei!
Somos - como eu me defino em meu blog - "escrevedoras" de coisas, de percepções, de idéias, de sonhos, de vontades, de prosas, de amores, de suas crenças e verdades.
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