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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Carne Crua

Quando tua voz turva cruza minha alma
Que meus ouvidos adormecem, de dormentes
E nenhum outro som, a não ser o ofegante
desperta meus sentidos

E se depara com a boca doce de ameixa
Que esfrega a minha, quase deixando as marcas da tua barba
E eu adoro
me abro
me arreganho



Sorrio, Bulindo
Amassando meus, teus poros
Como fosse tão pouca pele
Sem divisão, sem limitação

E suspiro com teu gosto de erva
Que, a mim, causa delírios e sonhos
Que, a nós, causa odor
Odor de gozo
subindo à goela

Crua, como carne de açougue
Abatida,Devorada
E de olhos abertos, vendo tudo
até tua irís sumir entre as pálpebras

Gosto disso
A linha tênue
Amor puro
E perdição plena

Comer você te amando
Amar você te comendo
Viciada
Dia,Noite

E esperar o relógio
E me deleitar outra vez

2 comentários:

Isadora Dias disse...

Não se assuste pessoa
Se eu lhe disser que a vida é boa
Enquanto eles se batem
Dê um rolê e você vai ouvir
Apenas quem já dizia

Eu não tenho nada
antes de você ser
Eu sou, eu sou, eu sou,
eu sou amor da cabeça aos pés!

Flávia Oliveira disse...

salivei!!!