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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Dança, homem

De carne e entusiasmo, nasceste. Não é como os outros. Não é melhor. Não é pior. É diferente. É de um tipo raro. Tipo que acredita, e arde, e ferve, e treme. É de um tipo que carrega, assume, debruça, arrisca.Que segura a bandeira. Tremula. E sofre. Sofre toda dor que rasga estômago. E simplesmente porque faz muito mais sentido sofrer.

É coragem, isso. Sofrer a sentir-se alheio, escondido, ensaboado. Sofrer por escolher, optar, sofrer por posicionar. E não só isso. E bem mais. Doce encanto da verdade que conduz a dança de quem dança sem pudor.

Dança, homem!

Dança sem pudor. Porque esta dança diz respeito a ti. E tu bem sabes que é de dança que sobrevive tua carne. E tua alma.

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