Depois de um primeiro dia de trabalho TRAGICO na Folha de Pernambuco, da revolta tecnológica, da enrolação com tantos concursos, da falta de sentido em porcentagens, kilowats e afins, o segundo dia não é considerado uma maravilha, mas a vontade de morrer, posso dizer que foi embora.
Ontem quando cheguei à redação recebi uma pautinha sobre a FECOMSOL, uma feira de comércio solidário que está acontecendo no Paço Alfândega. Até então, o que eu sabia sobre o assunto era muito limitado, mas a editora queria de mim uma matéria mais abrangente sobre economia solidária, o que gerou uma pesquisa da minha parte.
Na feira, produtos artesanais e manufaturados confeccionados por grupos considerados vuneráveis à flutuação do mercado. Resumindo, gente fudida, excluída da sociedade, que produz coisas lindas, mas não tem o mínimo incentivo nem comercial, nem de crédito para conseguir gerar renda daquele babado.
Conclusão. Eis que fui lá eu fazer a matéria e acabei me encantando sobre o assunto. E tinha como não acontecer? Grupos ligados a iniciciação profissional de jovens em situação de risco, trabalhos pedagógicos com crianças carentes, mulheres provedoras da renda do lar.
Mas o que mais me encantou – não pelo que é produzido em si – mas pelo objetivo do trabalho, foi a ong DIGNIDART. Um projeto que incentiva a produção de manufaturados por mulheres do regime semi-aberto da colônia penal do Bom Pastor. Conversando com dona Ana, ela foi me dizendo que a maioria das mulheres do projeto estão em processo de ressocialização. Eis que fiquei eu penando: Tu fez uma cagada, caiu pra cadeia, mas tu tens filho, marido, mãe, tudo continua lá fora. Essa é a forma encontrada pra que a mulher se sinta novamente um ser humano, recuperar a dignidade e o melhor, gerar renda para ajudar a família que esta lá fora passando por dificuldades.
Pra melhorar, na pesquisa, acabei descobrindo que a economia solidária é inspirada em cooperativas revolucionárias defendidas pelos marxistas utópicos.
Conhecendo – bem pouquinho ainda – o chamado ‘Comercio Justo, percebi que há diversas formas de driblar as mazelas da sociedade. Claro que é necessário incentivo e apoio de organizações sérias. Mas, por exemplo, iniciativas como estas podem mexer no imaginário de pessoas como eu, que fui para lá por acaso trabalhar e vi tanta coisa incrível que aguçou o meu consumismo de mulher loira capitalista. Se não fosse tão lisa eu tinha levado o prensente de aniversário e dia das mães de Dona Zeza, comprado 6 sandálias para mim e vários presentes pra o filho e o maridão.
Levando em consideração que a feira é no Shopping Paço Alfândega – considerado de classe A – só posso crer que diversas dondocas freqüentadoras do local também vão ter esse sentimento, vão liberar o cartão de crédito geral e, no lugar de enriquecer a Channel, que já ta com a rabichola transbordando de real, vão mesmo sem querer colaborar para a volta da auto-estima de crianças, jovens, homens e mulheres.
A matéria completa veja na edição deste DOMINGO (11) da Folha de Pernambuco.
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3 comentários:
Delícia seu blog menina! Parabéns! Bom saber desse lado da snotícias pernambucanas. Abraço. Aninha Santos/PB
Galegaaaaaaaa... amei o blog!
"Cabeçudo" feito tu!! rsrsrsrrsrsr
Já tá nos favoritos!!!
Bjs gata
muuuito legal o blog, engraçado.
queria umas sandálias dessas também. uauhauha
Beijo flor ;*
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