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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

PEREBA

Todo ciclo se encerra para que um novo se inicie.

Este blog foi desativado. Dentro de segundos você será encaminhado para o novo ciclo.


Beijo, Tchau.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Amor de pitanga

No caminho havia uma pitangueira
Totalmente carregada da frutinha
vermelha. Na carreira, te vi, me escondi.
Pela brechinha das folhas olhei você sorrir
Vez por outra afastava um matinho
O teu olho verde e tua voz turva
Pra o meu coração, era carinho
Alí, passei uma tarde quase inteira
Quando o sol caiu, entrei pelo mato
Nadei pelo rio e subi a ribanceira
escondido lá ficou, meu amor
criando raízes e dando frutos
Toda santa tarde até o fim dos dias

por trás das folhas da pitangueira.

A régua

Quando chega a conta
no final das contas
amor é o que me sobra
poesia é o que me resta.

domingo, 4 de agosto de 2013

Luz Dourada

Nos ladrilhos daquela subida andei e gastei as canelas
só pra te ver parado, mudo, na esquina, encostado,
bem debaixo daquela árvore bonita, graúda; de tronco largo.
Parei do outro lado, apoiada no muro branco
ao lado da grade esverdeada, sentei no sofá  vermelho
que puseram no meio da rua. E entre um e outro gole,

fiquei olhando, observando, admirada, impressionada
com toda aquela luz dourada que refletia da tua barba.

domingo, 7 de julho de 2013

Suicida

Borboleta amarela
suicida na estrada;desesperada
em busca dos pisca-piscas
de - desaparecidos - vaga-lumes
Sem luz, morreu atropelada
Esfacelada. Ninguém viu.
Nem deu no jornal.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Terral

Catei o vento com a mão
Fugiu pelos dedos, o danado
Bateu na minha cara e cabelo
Balançou bem lá em cima
A palha do coqueiro
Depois, sem dar pistas, fugiu
Pensei direitinho: Terral, rivotril;
Ou será que o mar que engoliu?

terça-feira, 2 de julho de 2013

Entardecer

Perturbado entardecer
O céu caindo me dá angustia
Franzo as rugas da testa, são oito
Vou pisando em folhas secas
Jogando milho, grão a grão
nas marcas do caminho

E trocando o passo, inverto;

Pra tentar voltar pro começo.

Tchau

O dia hoje está cinza
Que nem dá pra ver a lua
E eu, aproveitando a rua
Sai na chuva e me molhei

Ensopada, atravessei;
Fui decidida até o final
Achei que ia passar mal
Mas nunca mais voltei atrás

Fui certa de que sou capaz
De amar mais que podia
Neste caso, não deveria
Porque apego não é amor

No dia que te dei tchau
Eu mudei o final da história
Escrevi meu dia de glória

E me vesti de carnaval

terça-feira, 25 de junho de 2013

Anoitecer

Bagunçado anoitecer
De pálpebras arregaladas
E um sono que nunca chega
Afogada numa caixinha branca

Com camiseta – e olhos azuis

Amanhecer

Amaldiçoado amanhecer
Abri as cortinas e venci
Lacrimejei, mas foi fotofobia

Durante o dia fingi alegria

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Vendaval de flor

Quem dera eu, conseguir
aplicar, tornar real
Este sonho genial
De pintar o céu de flor

Quem dera eu reagir
E poder sempre lembrar
Que ninguém pode parar
O canto de um tenor

Quando penso em sucumbir
Logo torno a levantar
E respiro sem parar
Liderando um vendaval

Todo dia para mim
É dia de acreditar
De que é preciso amar
Para derrotar o mal

Eles querem que eu desista
Vão tentar me dominar
E entrar na minha cabeça
Para me manipular

Eles querem nos deter
Inverter a situação
E fazer acreditar
De que não somos irmãos

Não me rendo nem me curvo
E ínsito na quimera
Hei de transformar o mundo

Numa grande primavera

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Madrukai

E no meio da madrugada
Um afago me deu poesia
Uma surpresa no amanhecer

E um carinho no fim do dia.

Manzanza matinal

Chuva bem gorda cai na janela
Tive um sonho tão lindo
Que nem quero acordar
Levanto, me arrasto
Enxugo a varanda
Na cozinha, detergente
Pão, queijo, suco de laranja
E uma profunda e intensa

Preguiça de existir

segunda-feira, 10 de junho de 2013

A asma

Pela casa, procurei aqui, alí; poesia
não achei nada disso
Nem no tapete, nem no chão
Olhei no armário, não tinha cafuné
Também não tinha cafungada
Nem tesão, nem paixão
No fim do dia, quem me tirou o ar

Foi a asma

Lipoaspiração

A pele trava gordura do peito
Pra tirar o amor do coro:
Lipoaspiração na alma

Doce de goiaba e choro

Matéria amor

Passei o dia com amor na cabeça
Andei, andei, apertei o olho;chorei

Chora menina, menina chora
Que o estado físico da matéria amor

No final, é sempre líquido

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Patuás

Nos cantos da casa
Folhas de arruda
Em cima da mesa
Trevo e pimenta

No coração, amor.
Mas tanto amor
Que comigo

ninguém pode

Onde estará?

Quero achar amor, não vejo.
Entre as brechas do edredom
Ácaros

Para mim. Fé, sabão e tanque.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Maldita bruxa

Não, não
Eu não aconselho

Não olhe os olhos dela
Ou o faça com cautela

Eles rementem espelhos
Mas são só solidão

Tem um brilho tão forte
Que cegam multidão

Ouça, me escute
Não fique à revelia

Aquela boca toda
Esconde bruxaria

Pode lembrar silêncio
Ou imaginação

Mas sua cor intensa
Te leva a escravidão

Loba, Loba

É capaz de te sentir
Só em te ver andar
Já sabe como agir

Bruxa, maldita

Só vai querer usar
Esperando um deslize

Vai fingir te amar


terça-feira, 21 de maio de 2013

Flores para alguém


Da estrada, olhei pra o lado
Tinham flores na vitrine
Azul, cor-de-rosa, Púrpura e amarela
Não eram minhas, nenhuma delas.