Deitada à beira da piscina, na única casa murada daquela rua, a menina abria e fechava os olhos bem devagar. O corpo inteiro estava fora dágua. E com os braços, segurava uma flor. Os raios da manhã iam penetrando, doces, na sua pele. E girava, girava, abrindo, por vezes, as pálpebras para assistir as cores.
Enquanto isso, a cabeça, até as orelhas, estava submersa, tapando somente os ouvidos para que ela pudesse ouvir o barulho apenas do silêncio da água.
A cutis era branca como nuvem. Os olhos azuis e os cabelos loirinhos, que balançavam molhados.
Num dia de sol, ela decidiu que tomaria banho de piscina. No caminho, colheu uma papoula cor de rosa tão bonita no canteiro do jardim que seria incapaz de soltar. O sol estava tão gostoso. Indecisa, ela ficou com os três.
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